A conservação da memória e o resgate das tradições, como as lembranças e experiências que as pessoas guardam, são hoje um dos maiores patrimónios existentes que podem contribuir para a sustentabilidade futura. Com a proposta desta atividade, pretende-se compreender como o ambiente pode contribuir no resgate da cultura e memória e entender em que medida este espaço e a sustentabilidade podem adicionar valor a um território.
Cada local possui peculiaridades e todos possuem uma história sobre a sua construção, os seus marcos importantes, os seus habitantes e cultura. Torna-se necessário entender o contexto e formas de conservar esta memória e também como estas recordações podem fazer-se presentes hoje e no futuro, fortalecendo aspetos sustentáveis, além de entender como o ambiente pode contribuir para que estas recordações e construções históricas se eternizem.
Entendemos que é mais fácil entender o mundo, compreendendo os factos e razões históricas que nos trouxeram até hoje construindo conhecimento histórico e valorizando o passado ainda não muito distante, relacionando factos e ideias e promovendo a interdisciplinaridade na construção do espírito crítico tão necessário à compreensão do mundo e à necessidade urgente de mudar muita coisa para que possamos falar em verdadeira sustentabilidade.
Assim, propusemos esta atividade, relacionada com o programa de História do 9º ano em articulação com Físico-Química, a Biblioteca Escolar e a área de Cidadania e Desenvolvimento, apadrinhada pelo Clube Ciência Viva, para que, esta temática, seja alvo de um tratamento mais amplo que conduza à compreensão da necessidade premente de um mundo verdadeiramente sustentável.
É neste contexto que se organiza a presente exposição “Memórias do Volfrâmio – O Ouro Negro”. Mas, esta atividade, só foi possível graças à parceria com O Grupo de Cavaquinhos e Cantares à Beira, proprietário das peças expostas e que, muito gentilmente, se prontificou a cedê-las para que possamos entender a história riquíssima da Freguesia de Queirã e do nosso concelho. De referir, também, que alguns dos textos presentes na exposição, são da autoria do professor Joaquim da Silva Mendes, que foi um grande entusiasta da recolha de tudo quanto dizia respeito à história da sua freguesia. Muito obrigada pelo vosso contributo.