EB de Viladra, quinta-feira, 18 de maio de 2023
No dia 17 de maio, os alunos da EB de Viladra realizaram uma visita de estudo à Fábrica de Ciências em Aveiro e ao Museu Marítimo de Ílhavo.
Quando chegámos à Fábrica fomos guiados por um senhor que nos levou a uma sala que se chamava “A Oficina dos Robôs”. O senhor começou por explicar o que era um robô. Fomos organizados em grupos de três elementos e cada grupo escolheu uma opção das seis construções apresentadas: Passeio de barco, Passeio pelo Ártico, Carro da caverna, Alarme animal, Busca Subaquática, Acampamento da casa da árvore. A maioria dos grupos escolheu a segunda opção. Cada grupo construiu o seu robô com peças de legos seguindo as instruções dadas na tela do computador. Depois de construído o robô, chegou o momento de programar os movimentos que ele ia fazer. Todos os grupos colocaram os seus robôs em movimento numa enorme mesa que havia na sala. Foi um momento verdadeiramente entusiasmante.
De seguida fomos conhecer uma sala de hologramas que todos acharam muito interessante.
Por fim fomos recebidos pela senhora Teresa e realizámos a atividade “Pilotos Fórmula Íman”. Antes de passarmos para a parte prática, a senhora Teresa relembrou-nos o que era um íman - material magnético, em que a sua força magnética atua num campo à sua volta, logo tem a capacidade de magnetizar ou atrair certos materiais que nele se encontram. Cada equipa construiu duas carrinhas em cartão, colocou dois eixos com rodas também em cartão e fixou, com um clip, um Íman em cada uma das carrinhas. Depois de eleito o piloto de cada equipa, realizou-se a competição: efetuar um percurso fazendo mover a segunda carrinha pela força da repulsão (os ímanes tinham de ter os polos iguais virados um para o outro). Foi um aluno da nossa turma que venceu a competição.
No fim do almoço fomos visitar o Museu Marítimo de Ílhavo. Quando chegámos ao Museu, fomos recebidos pelo senhor José que nos acompanhou durante toda a visita e nos explicou tudo sobre a pesca do bacalhau. Levou-nos diretamente para uma sala onde havia uma réplica em tamanho real da parte superior de um navio de pesca e vários equipamentos que antigamente os pescadores utilizavam. Vimos muitas fotografias expostas que representavam a faina da pesca do bacalhau. O senhor explicou-nos que os pescadores passavam cerca de seis meses longe das suas famílias, iam pescar perto da ilha canadense Terra Nova. Todos os dias, cada pescador dentro do seu dóri - pequeno barco de fundo chato, lançava uma linha de pesca com vários metros que tinha muitas zagaias - iscos de chumbo com a forma de peixe. Passadas duas a três horas, o pescador recolhia a linha com os bacalhaus presos nos iscos, regressava ao navio e descarregava o pescado e repetia tudo novamente (diariamente enchiam duas vezes o dóri). Era um trabalho muito duro.
De seguida subimos na réplica do navio “Faina Maior” e o senhor José mostrou-nos um bacalhau feito de borracha para aprendermos que aspeto tem este peixe. Depois continuou a explicar, no fim da ceia, os pescadores preparavam os bacalhaus que tinham sido pescados durante o dia. O tripeiro tirava as tripas, o “parte-cabeças” cortava a cabeça, o escalador abria o bacalhau até ao fundo, que depois de bem lavado era atirado para o porão para ser salgado. Os pescadores demoravam cerca de quatro meses a encherem o porão. Tudo era aproveitado, das cabeças retiravam as línguas e as caras do bacalhau, do fígado faziam óleo que os pescadores tomavam por ser rico em vitamina D.
Antes de sairmos do navio tirámos uma fotografia de grupo junto à roda do leme.
Na sala ainda vimos uma maquete do Gil Eannes - Navio Hospital de assistência à frota Bacalhoeira, réplicas do camarote do Capitão do navio, da cozinha com os beliches onde dormiam os pescadores e do porão. Também ficámos a saber que o que os pescadores mais temiam era o nevoeiro. Quando este se formava, era muito denso, os pescadores não conseguiam ver nada e usavam o corno ou o búzio para emitirem sons para não se perderem.
Por fim fomos ver um aquário gigante com muitos bacalhaus e tivemos a sorte de ver o tratador alimentá-los. Agradecemos o senhor José pela inesquecível visita guiada ao museu e regressámos à nossa terra.
Foi um dia em cheio, desenvolvemos muitas aprendizagens de uma forma ativa e lúdica.
Texto coletivo dos alunos do 4º ano da turma C1 da EB de Viladra