No passado dia 14, penúltimo dia de aulas, os alunos do 10.º ano, turmas A e B, do curso de Ciências e Tecnologias, substituíram as atividades letivas dentro da sala de aula por outras, em contexto real, onde também se aprende, e muito! Foram de visita de estudo à capital distrital, a nossa cidade de Viseu!
Na proposta de visita de estudo, apresentaram-se vários objetivos, distintos da manhã para a tarde: a manhã mais cultural, de contacto direto com a cidade, a tentar perceber as marcas do tempo nas paredes graníticas, perceber o seu papel em momentos cruciais da História nacional, entender a evolução do tecido urbano; a tarde mais dedicada à ciência, de descoberta de um moderno espaço museológico, de observação da coleção de quartzos do museu, no monte de Santa Luzia, a recordar, através de experiências simples, conceitos complexos da Física e da Geologia. Digamos que foi esta uma visita de estudo à volta das pedras!
De facto, Viseu é uma cidade de pedra e as pedras falam – é o que fazem os grandes monólitos graníticos que suportam paredes de palácios medievais, as marcas de canteiro visíveis nos blocos da antiga muralha, o entrançado pétreo das janelas manuelinas, as lajes sulcadas de símbolos que distinguem as ruas. Conduzidos pelas histórias da nossa guia, técnica superior do Polo Arqueológico de Viseu António Almeida Henriques, assim foram os nossos alunos descobrindo os encantos da capital beirã, numa viagem que, iniciada na Sé, ainda antes da Romanização, terminou no Rossio, na década de 30 do século passado, altura em que a cidade se embeleza com pequenos recantos ajardinados e painéis de azulejos, a despertar os sentidos, a oferecer-se a agradáveis passeios, à conversa no largo ou na praça pública.
A tarde no Museu do Quartzo foi igualmente rica em experiências, como ficou documentado nesta mesma P@gina.
Já cá faltavam as visitas de estudo, a oportunidade de aprender fora da sala de aula e também de estarmos todos juntos, alunos e professores, num saudável convívio, o que tanto nos aproxima!