Primeiras conclusões sobre a resiliência das organizações através da CAF (Estudo de Caso - OCDE)
Consultar aqui o programa aqui do workshop
Consultar aqui o documento das primeiras conclusões
No passado dia 24 de junho, no âmbito do Estudo de Caso da OCDE, realizou-se, em Bruxelas, um workshop de discussão do Projeto financiado pela DG Reform e desenvolvido pela OCDE:
“Strengthening the Resilience of Public Administration after COVID 19 with CAF”
Neste projeto são analisados 11 estudos de caso para averiguar como as organizações do setor público reagiram e adaptaram-se ao COVID 19 e qual o impacto da CAF neste processo.
Neste 1.º Workshop foram discutidas diversos tópicos, relacionados com a preparação e adaptação de estratégias, prioridades e práticas para a crise, com representantes dos estudos de caso, oradores e investigadores das instituições, responsáveis pelo desenvolvimento do Projeto, bem como Correspondentes Nacionais da CAF (a representante da DGAEP também esteve presente). Os participantes tiveram também oportunidade de refletir e exercitar, numa sessão dinamizada pelo OPSI/OCDE, como as respetivas organizações públicas nacionais desenvolveram, ou poderiam ter adotado, práticas inovadoras no contexto da crise COVID 19.
As primeiras conclusões, retiradas dos 11 estudos de caso e da discussão entre os participantes no Workshop, relativamente à resiliência e o uso da CAF, são as seguintes:
- O foco, a longo prazo, na CAF fortalece a resiliência;
- A administração pública tem demonstrado agilidade (com ou sem existência de planos de crise);
- Valorizar e envolver o pessoal (==> flexibilidade, solidariedade, auto-organização, carga de trabalho, tarefas, bem estar... );
- O teletrabalho flexível é eficaz e eficiente;
- Uma liderança consciente estabelece as bases para a resiliência (==> cultura de abertura, confiança, diálogo, trabalho em equipe, responsabilidade e inovação);
- A gestão de processos é um facilitador para a rápida adaptação dos serviços;
- Parcerias e colaborações de longo prazo, que funcionem bem, trazem vantagens;
- Levar em consideração o fator humano na digitalização;
- Sem a digitalização, as operações e serviços não poderiam ter sido mantidos (por exemplo, teletrabalho, adaptação de serviços, etc.);
- Não descurar a monitorização e o controle em momentos de crise (para garantir o Estado de Direito e o uso eficiente dos recursos);
- Foram desenvolvidos imediatamente novos formatos de tomada de decisão, os quais devem ser prosseguidos (grupos de trabalho, grupos de trabalho transversais...);
- Os regulamentos legais precisam de mais tempo e atrasam as adaptações organizacionais (os planos de emergência e mecanismos de coordenação existentes são uma base valiosa para melhor lidar com as crises, MAS...)
- Necessidade de pensamento estratégico e prospetivo, antecipação de possíveis crises e preparação de procedimentos de emergência.
Relembramos que os 11 casos de estudo, provenientes de onze Estados Membros da EU, são os seguintes:
- Women’s Service of the City of Vienna (Serviço das Mulheres da Cidade de Viena - Áustria)
- National Office of Employment of Belgium (Departamento Nacional de Emprego da Bélgica)
- Sofia Regional Health Inspectorate (Inspeção Regional de Saúde de Sófia – Bulgária)
- Croatian Pension Insurance Institute (Instituto de Seguro de Pensões da Croácia)
- Municipality of Thessaloniki (Município de Thessaloniki - Grécia)
- Italian Space Agency (Agência Espacial Italiana)
- Lubuskie Voivodship Office (Departamento governamental da província de Lubuskie – Polónia)
- Agrupamento de Escolas de Vouzela e Campia (Portugal)
- Ministry of Environment, Slovak Republic (Ministério do Ambiente – Eslováquia)
- Agency of the Republic of Slovenia for Agricultural Markets and Rural Development, Slovenia (Agência da República da Eslovênia para os Mercados Agrícolas e o Desenvolvimento Rural - Eslovénia)
- Madrid Salud (Departamento de saúde pública da comunidade de Madrid)
A Equipa de Autoavaliação (CAF)